O Dia do Bibliotecário é comemorado no dia 12 de março em todo o país. A data, instituída pelo Decreto nº 84.631, de 1980, homenageia Manuel Bastos Tigre, considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil.
Nascido em 12 de março de 1882, Manuel Tigre foi aprovado em primeiro lugar no concurso para bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Trabalhou por dois anos na Biblioteca Nacional, assumindo, em seguida, a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil. Lá, trabalhou junto ao reitor da instituição, mesmo depois de aposentado.
Engenheiro de formação, trocou a ocupação pela biblioteconomia após conhecer o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal. Em 1915, aos 33 anos de idade, Manuel Tigre assumiu de vez a nova profissão.
Bibliotecários são profissionais que catalogam e organizam a informação para que os leitores, pesquisadores, estudantes e curiosos tenham acesso a imensa área do conhecimento. A Educação Vicentina felicita todos os Bibliotecários e Bibliotecárias, especialmente nossa querida Maria Esther e a bibliotecária auxiliar Eliane, que somam conosco no Colégio Vicentino São José.
Para celebrar o dia do Bibliotecário, algumas dicas de leitura:
- Isto ou Aquilo, de Cecília Meireles: a autora resgata o universo infantil permeado por perguntas imprevisíveis, monólogos, comparações incomuns, fantasia e imaginação. Ela cria um universo encantador, a partir de recursos que o gênero e a língua lhe proporcionam.
“Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares! […]”
(trecho do poema Ou Isto ou Aquilo)
- Malala, a menina que queria ir para a escola, de Adriana Carranca. Ela nasceu no vale do Swat, no Paquistão, uma região de extraordinária beleza, cobiçada no passado por conquistadores como Gengis Khan e Alexandre, o Grande, e protegida pelos bravos guerreiros pashtuns – os povos das montanhas. Foi habitada por reis e rainhas, príncipes e princesas, como nos contos de fadas. Malala cresceu entre os corredores da escola de seu pai, Ziauddin Yousafzai, e era uma das primeiras alunas da classe. Quando tinha dez anos viu sua cidade ser controlada por um grupo extremista chamado Talibã. Armados, eles vigiavam o vale noite e dia, e impuseram muitas regras. Proibiram a música e a dança, baniram as mulheres das ruas e determinaram que somente os meninos poderiam estudar. Mas, Malala foi ensinada desde pequena a defender aquilo em que acreditava e lutou pelo direito de continuar estudando. Ela fez das palavras sua arma. Em 9 de outubro de 2012, quando voltava de ônibus da escola, sofreu um atentado a tiro. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. A jornalista Adriana Carranca visitou o vale do Swat dias depois do atentado, se hospedou com uma família local e conta neste livro tudo o que viu e aprendeu por lá. Ela apresenta às crianças a história real dessa menina que, além de ser a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da paz, é um grande exemplo de como uma pessoa e um sonho podem mudar o mundo.
- Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol: Pode ter sido tudo culpa da sonolência provocada pelo calor, naquele dia quente de verão... O fato é que, depois que aquele coelho branco passou correndo por Alice, tirou um relógio do bolso do colete e disse que estava atrasado, nada mais foi o mesmo. Seria impossível não o seguir e entrar naquela toca funda e cair, cair, cair... até chegar àquele mundo maluco e inesquecível, que convencionamos chamar em português de País das Maravilhas.
- O Conto da Aia, de Margaret Atwood: A história de 'O conto da Aia' passa-se num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes - tudo fora queimado. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América. As mulheres de Gilead não têm direitos. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado - há as esposas, as Marthas, as salvadoras etc. Com esta história, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente.
- A Bibliotecária de Auschwitz: Um Romance baseado numa História Real, de Antonio G. Iturbe: Muitas histórias do horror e sofrimento testemunhados dentro dos campos de concentração nazistas são contadas e recontadas, já estão gravadas e arquivadas. É difícil, nesses relatos, encontrar atos de esperança e força diante de todo o mal registrado durante o Holocausto. A Bibliotecária de Auschwitz é um livro diferente. É uma história verdadeira e cheia de detalhes a respeito de um professor judeu, Fredy Hirsh, que criou uma escola secreta dentro do Bloco 31, no campo de concentração de Auschwitz, dedicando-se a lecionar para cerca de 5 crianças. Criou também uma biblioteca de poucos volumes com a ajuda de Dita Dorachova, uma menina judia de 14 anos que se arriscava para manter viva a esperança trazida pelo conhecimento e escondia os livros embaixo do vestido. É um registro de uma época sofrida da história, mas que também mostra a coragem de pessoas que não se renderam ao terror e se mantiveram firmes usando os livros como 'arma'.
Fonte e referências das sinopses e informações:
http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/dia-do-bibliotecario
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