O Dia Nacional do Livro é comemorado dia 29 de outubro. A data foi escolhida devido à fundação da Biblioteca Nacional, que aconteceu no dia 29 de outubro de 1810. Os primeiros livros do acervo bibliográfico foram disponibilizados pela Família Real Portuguesa.
Antes dessa data, as salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro, foram as primeiras instalações que receberam as obras. Ao todo, Portugal disponibilizou mais de sessenta mil objetos. Além dos livros, havia moedas, manuscritos, mapas e medalhas, e entre eles estava a primeira edição da obra “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões.
A Biblioteca, localizada na cidade do Rio de Janeiro, é considerada pela UNESCO a maior da América Latina e uma das dez maiores do mundo. Atualmente, o acervo conta com 9 milhões de itens.
Para celebrar uma das invenções mais enriquecedoras do ser humano - o LIVRO - confira dicas de leitura a partir de obras presentes no acervo da nossa biblioteca:
Bíblia Sagrada – A Bíblia é uma coleção de livros sagrados escritos por antigos profetas e historiadores. Esses autores registraram a relação entre Deus e seu povo por mais de 4 mil anos. Suas palavras inspiradas são o que hoje conhecemos como a Bíblia Sagrada.
Os Lusíadas – Luís de Camões. “Os Lusíadas” está incluído na pequena lista dos seis ou sete maiores poemas narrativos da literatura ocidental e apresenta, como tema central, a história e os feitos da nação portuguesa, desdobrados do seu momento culminante: a descoberta do caminho marítimo para as Índias. Com sua publicação, em 1572, Camões cria e codifica o português literário moderno, o mesmo que, com pequenas alterações, usamos até hoje.
Bisa, Bia, Bisa, Bel – Ana Maria Machado. Editora Salamandra. Um livro de extraordinária beleza, contando a história de uma menina que, no convívio imaginário com sua bisavó e sua bisneta, aprende a conviver consigo mesma. Três tempos e três vivências que se cruzam e se completam numa só pessoa, a menina Isabel. O diálogo de Isabel – ou melhor, de Bel – com sua avó – Bisa Bia – e, depois, com sua futura bisneta é uma mistura encantadora do real e do imaginário, levando o leitor a perceber as mudanças no papel da mulher na sociedade. Esse diálogo fica ainda mais divertido quando surge uma terceira “voz”: a neta Beta, uma menina do futuro, que fala de muitas mudanças que ainda estão por vir. Este livro, um clássico da literatura para crianças, está agora numa edição atualizada, mais moderna, mas preservando todas as características da edição original. Com vocês, essas três personagens que são uma só: Bisa Bia, Bel e Neta Beta, vivendo três gerações e um único sonho: a liberdade.
Batalhão das letras – Mario Quintana. Editora Companhia das Letrinhas. O batalhão das letras, primeira obra de Mario Quintana voltada para o público infantil, foi publicada originalmente em 1948. Inovador, o livro apresenta o alfabeto enquanto ensina poesia, ora ressaltando as formas gráficas das letras, ora seus fonemas. Um singular abecedário poético, em que o autor brinca com as letras e as palavras de nossa língua, o livro traz vinte e oito estrofes que apresentam o alfabeto, suas formas gráficas e seus fonemas, sempre em associação aos objetos e ao ambiente do universo infantil.
Nossos livros – Peter Carnavas. Editora FTD. Ângelo e Lúcia amam livros. Possuem centenas deles, em todos os cantos de seu pequeno lar. Um dia, precisam se desfazer deles. A família logo percebe que, com a saída
dos livros, tudo fica mais difícil e não podem viver sem eles. Nossos livros traz uma calorosa celebração da leitura e da maneira como os livros conseguem unir as pessoas.
dos livros, tudo fica mais difícil e não podem viver sem eles. Nossos livros traz uma calorosa celebração da leitura e da maneira como os livros conseguem unir as pessoas.
A paixão segundo G. H. Clarice Lispector. Editora Rocco. Romance original, desprovido das características próprias do gênero, “A paixão segundo G.H.” conta, através de um enredo banal, o pensar e o sentir de G.H., a protagonista-narradora que despede a empregada doméstica e decide fazer uma limpeza geral no quarto de serviço, que ela supõe imundo e repleto de inutilidades. Após recuperar-se da frustração de ter encontrado um quarto limpo e arrumado, G.H. depara-se com uma barata na porta do armário. Depois do susto, ela esmaga o inseto e decide provar seu interior branco, processando-se, então, uma revelação. G.H. sai de sua rotina civilizada e lança-se para fora do humano, reconstruindo-se a partir desse episódio. A protagonista vê sua condição de dona de casa e mãe como uma selvagem. Clarice escreve: “Provação significa que a vida está me provando. Mas provação significa também que estou provando. E provar pode ser transformar numa sede cada vez mais insaciável”.
Negrinha – Monteiro Lobato. Editora Globo. Publicado em 1923, após o sucesso de Urupês, o livro de contos Negrinha, através de seus personagens, forma um retrato da população brasileira do início do século XX, com os quais Lobato denuncia os bastidores de uma sociedade patriarcal. É uma forte crítica que deixa transparecer os vestígios de uma persistente mentalidade escravocrata da sociedade, mesmo décadas após a abolição.
As Cem melhores Crônicas Brasileiras – Joaquim Ferreira dos Santos (organização). Organizada pelo jornalista e cronista Joaquim Ferreira dos Santos, esta antologia reúne as crônicas essenciais e inesquecíveis da literatura brasileira, de autores como Rubem Braga, João Ubaldo Ribeiro, Humberto de Campos, Carlos Heitor Cony. Este livro fecha a série que já lançou Os cem melhores contos brasileiros e os cem melhores poemas.
Os cem melhores contos brasileiros – Italo Moriconi (organização). Editora Objetiva. Para Júlio Cortazar, conto é aquele texto que corre em poucas linhas e em alta velocidade narrativa, capaz de nocautear o leitor com seu impacto dramático concentrado. Coube ao professor Italo Moriconi o desafio lançado pela Objetiva de garimpar os cem melhores textos do gênero produzidos no Brasil ao longo do século XX. Um trabalho que deixasse de lado os rígidos critérios acadêmicos e fosse pautado somente pela qualidade e sabor dessas pequenas obras-primas. O resultado é a coletânea Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, um passeio pela mais deliciosa e contundente ficção curta produzida no Brasil entre 1900 e o fim dos anos 90. Uma antologia capaz de traduzir as mudanças do país e as inquietações de várias gerações de brasileiros, em cem anos de produção literária. A prova de que a arte do gênero não cessa de melhorar em nossa literatura.
Boa leitura!
(Sínteses retiradas das páginas de livrarias virtuais e dos resumos nas próprias obras impressas).